top of page

Benefícios da cafeína

Não existem evidências de que o consumo moderado de cafeína possa ser prejudicial.

Pelo contrário, quando consumida em doses baixas a moderadas, são descritos vários benefícios da cafeína que incluem, entre outros, vários efeitos protetores contra algumas patologias.

Estimulante físico e psíquico

Efeito lipolítico e termogénico

Estudos laboratoriais e epidemiológicos sugerem que o consumo de cafeína reduz o risco de desenvolver doenças neurológicas e neurodegenerativas [2], [5].

A ativação das células da microglia, células imunitárias residentes do SNC, é característica de diversas doenças neurodegenerativas como a doença de Alzheimer, de Parkinson e a esclerose múltipla.

A modulação dos recetores de adenosina, pela cafeína, parece ser responsável pela neuroprotecção através do controlo da reatividade da microglia e consequente redução do estado inflamatório [6].

Vários estudos comprovam que o consumo de cafeína melhora a performance cognitiva e psicomotora pois aumenta o estado de alerta, diminui a sensação de fadiga e sonolência. São descritos também efeitos benéficos na capacidade de concentração, ao nível da vigilância auditiva e do tempo de retenção visual que no seu conjunto contribuem para a melhoria do desempenho, da atenção e da memória [1], [2].

Estimulante físico e psíquico
Efeito lipolítico e termogénico

A administração de cafeína aumenta o metabolismo basal em cerca de 5 a 25% [2].

O Sistema Nervoso Simpático (SNS) tem um papel na lipólise e na regulação do equilíbrio energético. Como estimulante do SNS, a cafeína atua também na homeostasia energética.

A cafeína, ao antagonizar os efeitos da adenosina, reverte a inibição da libertação de catecolaminas o que resulta na estimulação do gasto energético como resultado do aumento da oxidação dos ácidos gordos. A ativação do SNS está associada a um aumento dos ácidos gordos livres e à diminuição do apetite [3].

Estudos in vitro demonstraram também que a cafeína é capaz de suprimir a diferenciação dos adipócitos, pela inibição de fatores de transcrição adipogénicos e por esta razão reduzir a lipogénese [4].

Doenças Neurodegenerativas
Doenças hepáticas

Têm sido descritos inúmeros mecanismos que evidenciam o efeito hepatoprotetor da cafeína, que incluem a prevenção da esteatose hepática, a diminuição do risco de desenvolvimento de fibrose hepática, de cirrose e de carcinoma hepatocelular.

A cafeína, ao atuar em diferentes vias de sinalização celulares, inibe a lipogénese hepática, promove a oxidação lipídica e induz a autofagia, reduzindo assim a esteatose. Também é capaz de reduzir o stress oxidativo, que reduz a inflamação. A supressão da libertação de citocinas pró-inflamatórias e a redução da acumulação lipídica levam à consequente diminuição da fibrinogénese e da carcinogénese [7], [8].

Cálculos renais
Topo

A colelitíase é a formação de cálculos biliares que podem resultar da concentração excessiva de colesterol na bile e que vão impedir o fluxo biliar normal.

A cafeína parece prevenir o desenvolvimento de cálculos biliares por aumentar o fluxo biliar e também por inibir a cristalização do colesterol [9].

O volume expiratório máximo no primeiro segundo após inspiração forçada é uma medida da avaliação da função pulmonar. Estudos com suplementos de cafeína reportam aumentos significativos deste parâmetro.

Os mecanismos de ação da cafeína que justificam este efeito são: o aumento do fluxo sanguíneo pulmonar, o relaxamento do músculo liso brônquico e alveolar que aumenta o fluxo de ar nos pulmões, o aumento do débito cardíaco e o aumento da contração muscular esquelética [10].

Por estas razões, o consumo moderado de cafeína pode prevenir as manifestações clínicas da asma e reduzir os sintomas a ela associados.

Asma

Efeito analgésico

Efeito analgésico

Doenças neurodegenerativas

Doenças hepáticas

Cálculos biliares

Asma

O efeito da cafeína como adjuvante no alívio da dor justifica a sua integração em diversas formulações medicamentosas como o Ben-u-ron caff, Panadol extra e Ilvico N [11], [12], [13].

Referências: 

[1] Alves, R. C., S. Casal and B. Oliveira (2009). "Benefícios do café na saúde: mito ou realidade?" Química Nova 32: 2169-2180;

[2] Arnaud, M. J. Caffeine. Encyclopedia of Human Nutrition, Second Edition, Eds: Caballero B., Allen, L., Prentice A. Elsevier Ltd. 2005, 247-253;

[3] Harpaz, E., Tamir, S., Weinstein, A., & Weinstein, Y. (2017). The effect of caffeine on energy balance. Journal of Basic and Clinical Physiology and Pharmacology, 28(1), 1-10;

[4] Yoneshiro, T., Matsushita, M., Hibi, M., Tone, H., Takeshita, M., Yasunaga, K., . . . Saito, M. (2017). Tea catechin and caffeine activate brown adipose tissue and increase cold-induced thermogenic capacity in humans. The American Journal of Clinical Nutrition, 105(4), 873-881;

[5] Kolahdouzan, M., & Hamadeh, M. J. (2017). The neuroprotective effects of caffeine in neurodegenerative diseases. CNS Neuroscience & Therapeutics, 23(4), 272-290;

[6] Madeira, M. H., Boia, R., Ambrosio, A. F., & Santiago, A. R. (2017). Having a Coffee Break: The Impact of Caffeine Consumption on Microglia-Mediated Inflammation in Neurodegenerative Diseases. Mediators of Inflammation, 2017, 4761081;

[7] Torres, D. M., & Harrison, S. A. (2013). Is it time to write a prescription for coffee? Coffee and liver disease. Gastroenterology, 144(4), 670-672;

[8] Salomone, F.,  Galvano, F., and Li Volti, G. (2017). Molecular Bases Underlying the Hepatoprotective Effects of Coffee, Nutrients 9(1);

[9] Gaby, A. R. (2009). Nutritional approaches to prevention and treatment of gallstones. Alternative Medicine Review, 14(3), 258-267;

[10] Forte, G. C., da Silva, D. R., Hennemann, M. L., Sarmento, R., Almeida, J. C., & de Tarso Roth Dalcin, P. (2017). Diet effects in the asthma treatment: A systematic review. Critical Reviews in Food Science and Nutrition, 0;

[10] Folheto informativo de Ben-u-ron caff, disponível em: http://app7.infarmed.pt/infomed/download_ficheiro.php?med_id=57113&tipo_doc=fi (acesso a 26/04/2017);

[11] Folheto informativo de Panadol extra, disponível em: http://app7.infarmed.pt/infomed/download_ficheiro.php?med_id=32593&tipo_doc=fi (acesso a 26/04/2017);

[12] Folheto informativo de Ilvico N, disponível em: http://app7.infarmed.pt/infomed/download_ficheiro.php?med_id=4432&tipo_doc=fi (acesso a 26/04/2017).

bottom of page